
“Há merdas em que nós, gajas, somos fusidas. E fusidas para nós. Não há nada que nos deixe mais presas, mais pelo beicinho, mais apaixonadas, que um bom chuto no cú. Se o tipo é dos porreiros e até se mostra disponível, é um tonto, um cão, alguém cuja importância sublimamos porque se mostra presente, em nossa opinião, demasiado presente. Se vem um outro, que a páginas tantas, nos começa a dar chutos no traseiro escamuteados seja pelo que for, é ver-nos, de coração em punho, ostentando uma bandeira de amor, excepto a do amor próprio.
...
E depois disso, ficamos lá porquê? Porque é que insistimos quando o sinal de «proibido circular» nos é mostrado do outro lado? .... E ficamos lá até o nosso amor se confundir com as pedras da calçada.
...
Lembram-se do anúncio do leite? Vamos costumizá-lo. Se ele não gostar de mim, quem gostará? E a resposta é, e deverá ser sempre: ui, tanta gente…”
Saliento acima de tudo este último parágrafo. Para quem não conhece, deixo aqui o link do post da Sissi, Cenas de Gaja: http://www.cenasdegaja.com/
Sem comentários:
Enviar um comentário